Capitão América 2 – O Soldado Invernal

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As adaptações de super-heróis sempre acabam levando uma legião de fãs de quadrinhos (ou não) para as salas de exibição. E não é por menos: São longas comumente recheados de grandes efeitos especiais e o espectador acaba sentindo que até mesmo os grandes salvadores da pátria tem seus defeitos e são tão humanos quanto nós. Essa visão é uma das mais claras em “Capitão América 2 – O Soldado Invernal”, que estreia nesta quinta (10) em todo o Brasil.

Aliás, é possível ir além com o personagem interpretado por Chris Evans – ele é mais vulnerável que todos os outros heróis que conhecemos. Afinal, o orgulho norte-americano possui apenas um escudo redondo e músculos para se defender, ao contrário do Homem de Ferro e sua parafernália tecnológica, por exemplo. Ele é mais suscetível a ataques, a apanhar de um vilão e a errar.

Por isso, esse é um dos grandes acertos do filme que já chega aos cinemas com uma continuação confirmada para maio de 2016. Agora, após a história toda contada no primeiro longa, a ação pode começar. Em “O Soldado Invernal”, Steve Rogers está se adaptando à sociedade atual e se vê envolvido em questionamentos a respeito dos métodos de espionagem da S.H.I.E.L.D. Com a chegada da Hidra, organização com um pensamento oposto sobre a humanidade, percebe-se que ninguém mais é confiável – e que a intenção é realmente destruir o planeta.

Em meio ao mar de confusões, O alter-ego de Steve Rogers precisa agir para eliminar os planos da empresa que conta com os trabalhos surpreendentes do enigmático Soldado Invernal. Para encarar os problemas, Capitão conta com Viúva Negra (Scarlett Johansson), que faz um bom trabalho em suas cenas, do Falcão (Anthony Mackie) e da agente Hill (Cobie Smulders).

Bem mais redondo que seu anterior, “Capitão América 2” é uma das melhores sequências de super-heróis dos últimos anos – um dos mais impressionantes filmes da linha “geek” desde “Os Vingadores” – e consegue fazer o espectador ficar sem respirar em várias cenas com tamanha vulnerabilidade do protagonista. Tudo isso alimentado com os belos efeitos especiais e a pitada de humor de sempre, em uma fórmula praticamente infalível.

CAPITÃO AMÉRICA 2 – O SOLDADO INVERNAL

Estados Unidos, 2014.

Estrelado por: Chris Evans, Scarlett Johansson, Anthony Mackie, Samuel L. Jackson e Cobie Smulders.

Dirigido por: Anthony Russo

NOTA: 9,0

Os Vingadores

Adaptar para os cinemas a história de um super-herói já é uma missão das mais complicadas. Agora, juntar cinco deles em um único filme, trazendo toda a sua origem dos quadrinhos, deveria ser quase impossível. Felizmente, isso não pareceu problema para Joss Whedon, diretor de Os Vingadores, produção que estreia nesta sexta-feira, dia 27, nas telonas. O resultado final, então, é dos mais satisfatórios se pensarmos que Hollywood tem vivido altos e baixos a respeito de história que são herdadas de livros, HQs e outros universos paralelos à sétima arte.

Logo que se entra na sala de cinema, é difícil de esquecer do trailer badalado e altamento compartilhado pelas redes sociais. Se fossemos pensar que o filme seria uma amostra aumentada daquilo, a decepção seria enorme – portanto, não adianta criar expectativas para Os Vingadores, por mais que tenha ganhado o título de um dos filmes mais aguardados de 2012 antes mesmo de sair do papel.

Feito esta consideração, vamos ao longa-metragem. Nos primeiros minutos, em que o artifício base Tesseract é explicado e glorificado, há uma impressão que a trama demorará para deslanchar. Ainda bem que não: nas cenas seguintes, a problematização está feita, a famigerada liga de super-heróis é relembrada e convocada para salvar o mundo dos planos de Loki, irmão de Thor, e tudo se encaminha.

Pelo menos, até as cenas mais grandiosas acontecerem, o enredo cativa. Por incrível que pareça, não são os efeitos que se destacam, e sim o elenco: Robert Downey Jr., como Homem de Ferro; Chris Evans, como o Capitão América; e Mark Ruffalo, como Hulk, protagonizam diálogos divertidíssimos, desenvolvendo seus personagens como reles humanos, e não como seres superiores e cheio de poderes.

Graças à este singelo “stand-up comedy” intrínseco, Os Vingadores é uma boa surpresa. Bom entretenimento e conquistando o público com uma dose bem equilibrada de efeitos e de um roteiro inteligente, a produção mostra o quanto Hollywood é capaz de produzir exceções agradáveis, mesmo tratando-se de um blackbuster aguardadíssimo. Afinal, o cinema precisa ser muito mais que milhares de explosões e efeitos computadorizados. Nós agradecemos.

OS VINGADORES

EUA, 2012.

Estrelado por: Robert Downey Jr, Mark Rufallo, Chris Evans, Scarlett Johansson.

NOTA: 8,5